17 de outubro de 2013

A verdadeira Jessica Rabbit.

Se viram o filme "Who Framed Roger Rabbit", lembrar-se-ão de certeza da sexy Jessica, a sua esposa.


Eu nem sabia que ela tinha sido inspirada em alguém, mas sempre foi assumido que tinha sido inspirada na Veronica Lake. Bem, pelos vistos essa informação está errada. A Musa inspiradora da sexy Jessica foi Vikki Dougan. 




Vikki era uma pin-up e modelo que lutou para ser actriz. Graças a um agente de Hollywood, Milton Weiss, que lhe arranjou 3 vestidos caros feitos para ela, sem costas. Apelidou-a de "The Back" e arranjou-lhe entradas em festas e prémieres, onde ela levava as suas criações. Logo logo os fotógrafos locais começaram a reparar nela e nos seus originais vestidos. Claro que não demorou muito para ser banida de uma festa, devido à demasiada atenção que os seus vestidos originavam. Claro que o incidente recebeu a devida atenção jornalistica. A seguir apareceu na Playboy (1957).


Os EUA tinham uma relação de amor/ódio com Vikki e as suas costas nuas e foi frequentemente gozada nas colunas de coscuvelhices. Em 1959, Dougan e a sua imagem de marca foram praticamente esquecidas da cena de Hollywood, e ela não conseguia ancontrar trabalho. A corajosa pin-up foi esquecida, tal como tantas que tentam o seu lugar no "showbiz", até a Disney/Touchstone ter feito um filme em 1998 chamado Who Framed Roger Rabbit?. Apesar de Vikki não ter tido grande reconhecimento como a Musa por trás de Jessica Rabbit, o seu estilo de marca e sex appeal tornaram-se iconicos.

Tal como Vikki, cuja imagem foi "criada" para ela por um publicitário de Hollywood, a frase mais memorável de Jessica Rabbit no filme de 1998 dá-nos uma pista para a sua conecção: "I´m not bad, I´m just drawn that way."






29 de setembro de 2013

O lixo de uma pessoa....

Olá!
Antes de mais peço desculpa por nunca mais ter vindo aqui ao meu cantinho, mas o meu pc andou avariado, e também não tinha assim muitas novidades no que diz respeito ao Vintage. 
Bem, isto até ontem.  :)

Ora aos sábados vou sempre passar a tarde com a minha avó, no campo. É bom para descomprimir, e a pipoca também gosta. Ora ontem, íamos nós quase a chegar a casa, diz o namorido: "Olha ali uma cabeça". Scary, right? eheheh. Pois eu na altura não reparei, pois ia a aconduzir. Mais tarde, passámos nós de novo por essa estrada, e ele pede-me para ir mais devagar, o que fiz. E vimos um busto muito giro no lixo! Bem, não era bem no lixo, pois que o colocou lá deve ter sentido alguma pena e colocou-o numa casinha onde se espera a camioneta. E lá estava ela, a minha Hawaiian girl. Gostei tanto que o "obriguei" a ir busca-la, eheheh. Como ainda não tirei fotos, andei a procurar no E-Bay e lá achei uma igual, e assim posso colocar fotos aqui para verem.  ;)




A minha é igualzinha! Só que as flores não estão em tão bom estado, e a flor do cabelo não é igual, mas sim como as que estão no colar. Pelo estado dela, ainda pensei que fosse realmente Vintage, porque parece mesmo que foi feita nos anos 50, mas pelo que vi no E-Bay, não é bem assim. E como está lá explicado:

Katherine's Collection
This is from their Spring 2003
"Paradise"
They only had this figure for one season
Hard to Find-Rare!

Portanto, mesmo não sendo Vintage, fiquei contente por saber que também não é muito fácil de achar, eheheh. E ficou linda na minha cozinha, perto dos meus quadros. Um dia tiro fotos para verem.  :)

Realmente é como dizem, o lixo de uma pessoa pode muito bem ser o tesouro de outra!  :D

29 de julho de 2013

"Livro de Etiquêta"


Esta é a minha mais recente aquisição. "O Livro de Etiquêta" de Amy Vanderbilt. Pelo que vi, é de 1956, e fala sobre TUDO! Desde Convites de casamento, à própria cerimónia em si, lua-de-mel, vestuário, recepção em casa, jantares, educação das crianças, enfim, tudinho. E está em excelentes condições. :)
Adoro estes livros.

16 de julho de 2013

Para os fãs de Downton Abbey

Mais um livro que já li, "Lady Almina e a verdadeira Downton Abbey".


É um livro, como o próprio nome indica, que nos fala sobre o Castelo de Highclere, e da quinta Condessa Lady Almina, uma grande senhora que lá viveu e que influenciou a criação da personagem de Cora, de Downton Abbey. O livro passa-se desde 1895 e relata imensos factos históricos, como a Primeira Guerra Mundial, e como o Castelo foi transformado num hospital para recobro dos oficiais. 
A Condessa actual foi descobrindo imensas histórias fascinantes sobre Lady Almina e sobre o Castelo em si, então decidiu escrever este maravilhoso livro. Para quem é fã da série, e não só, vale a pena ler.  :)

Lady Almina.

Lady Almina com primeiro filho Porchy.

Staff do Castelo quando Almina morava lá.

6 de junho de 2013

A História por trás da história...

Estou a ler um livro fascinante chamado Uma Casa de Família. Pouco sabia acerca do livro, excepto que era passado nos fins dos anos 30 (e isso para mim já é meio caminho andado para me interessar por um livro, eheheh).


Sou do tipo de pessoa que, nestes casos, vai logo ao Google procurar por nomes de terras e imagens, para me situar. Não quer dizer que não tenha imaginação, mas eu sou cusca, pronto.. lol. Mal poderia imaginar que este livro tinha sido baseado não numa história verídica, mas num local que existe mesmo. Ok, dirão vocês, nada de especial. Há muitos livros assim... Pois... Mas neste caso, a história é passada em Tyneford (real Tyneham) e é uma aldeia que tem uma história triste no seu passado. E presente.

Um pouco de História:
Tyneham é actualmente uma aldeia de 30km2 e está abandonada, pertencendo desde os anos 40 aos militares. Só está aberta ao público aos fins-de-semana.

Com o aproximar da Guerra, uns dias antes do Natal de 1943, os seus 252 ocupantes foram mandados desocupar a aldeia, para ser utilizada como campo de treinos para as tropas. A última pessoa que saíu deixou uma nota na porta da Igreja:


Esta situação supostamente seria temporária. Mas em 1948 o Exército expropriou os habitantes da aldeia, e esta está em seu poder desde então. Como desde essa altura não tem havido agricultura/pesticidas, a vida selvagem floresceu nessas terras.
Em 1975, e devido a queixas dos habitantes locais (vizinhos) como de turistas, o Ministério da Defesa começou a abrir o local ao público, aos fins de semana e em Agosto.
Neste momento as casas estão todas em ruína. Só a igreja e a escola estão intactas e tornaram-se museus. Na escola, as coisas ainda estão todas como se as crianças estivessem somente ido ao intervalo. Os seus trabalhos ainda estão nas secretárias, e os seus nomes ainda estão nos respectivos cabides. 

Igreja de Tyneham
Escola de Tyneham
Voltando ao livro, a história passa-se na Casa de Tyneford. ora Tyneham também tinha uma casa senhorial. Infelizmente não está aberta ao público, e também está já em ruínas, mas facilmente se consegue arranjar fotos antigas de como era.





Podemos fácilmente imaginar Elise a olhar por uma das janelas de um dos quartos nas águas-furtadas e a passear pelo jardim...

É um livro que estou adorando ler, não só pela história em si, mas também por me ter feito descobrir a história de mais de 200 pessoas que moravam numa aldeia e que foram obrigadas a sair, pensando que um dia voltariam às suas casas, e nunca mais o puderam fazer... É triste.

4 de junho de 2013

Elise Hensler/ Condessa de Edla

Por vezes procuramos muito no exterior, mas esquecemo-nos que cá em Portugal também temos histórias e lugares lindos! É o caso da Condessa de Edla.


Ora Elise Hensler nasceu em 1836 e era de origem Suíssa/Alemã. Aos 12 anos ela e a família emigraram para Boston, nos EUA. Adorava as Artes, e terminou os seus estudos em Paris. Ao longo dos anos tornou-se fluente em 7 línguas. A 10 de Junho de 1869 casou-se com D. Fernando II de Portugal.


O casal gostava de se refugiar em Sintra, onde D. Fernando tinha comprado o então abandonado mosteiro da Nossa Senhora da Pena.
Entretanto, entre 1864 e 1869, doi mandado construir o Chalé da Condessa de Edla, numa área de 8 ectares, a oeste do Parque da Pena.
Foi edificado segundo os modelos dos Chalés Alpinos, que não só estavam muito em voga na altura, como atendia também às origens da própria Condessa.






 Em pedra e cal, o revestimento exterior simula madeira, algo comum no final do séc XIX. As molduras das portas e janelas foram feitas em cortiça, e foram utilizadas 2 toneladas de cortiça virgem.

Após a queda da Monarquia Portuguesa, em 1910, o Chalé ficou ao abandono e falta de manutenção. Em 1999 houve um incêndio criminoso que destruíu grande parte do Chalé.


Entretanto já foi recuperado, felizmente. Entre 2011 e 2013 foi recuperado, e voltou à sua beleza e esplendor original. A seguir colocarei algumas imagens do interior. 

Cozinha do Chalé