30 de abril de 2012

Agora ando completamente obcecada pela série Downton Abbey. Eu, que pensava que o meu período preferido eram os anos 40 e 50, dou por mim a gostar também da era Edwardiana. Bem, lá que as roupas eram lindas, lá isso eram...
Imagino que já tenham visto alguns episódios, mas para quem ainda não conhece, aqui vai:

Downton Abbey é  uma obra prima clássica que segue os Crawley, uma família aristocrática inglesa, e os seus criados no início do século XX (1912).


Esta mega produção mostra o fim de uma era – a conquista do direito de voto para as mulheres, o nascimento do socialismo, e a imperturbável marcha da tecnologia – que poderá ameaçar o sistema de classes e maneiras que protegeu e calcificou, durante anos, os habitantes de Downton e a família Crawley. Depois do trágico acontecimento do Titanic, intriga e romance passam a ser as constantes, uma vez que o fatídico acidente “levou” todos os possíveis herdeiros homens da família. Com a fortuna em risco por não terem nenhum herdeiro, a luta e trama da família Crawley começa.

Passada numa imponente casa no ano de 1912, Downton Abbey não só retrata a vida da família Crawley, como a de todos os seus criados. Nas salas perfeitamente desenhadas, nos belos quartos decorados, na biblioteca sofisticada, vive a família, mas descendo as escadas podemos encontrar outros residentes, tão ferozmente possessivos com a hierarquia e posição social como qualquer outro membro da família Crawley. Uma grande diferença entre estes dois grupos sociais é o facto de os criados saberem muitos dos segredos mais obscuros da família, enquanto a família pouco, ou nada sabe dos seus lacaios.

Algumas da personagens, tanto da família como da classe mais baixa, são extremamente leais e já estão conformados e presos ao estilo de vida de Downton, mas outras tentam seguir em frente à procura de novas oportunidades de amor ou apenas aventura. Este mote leva ao desenvolvimento de outras tramas secundárias que compõem esta fascinante produção épica de grande qualidade.

Downton Abbey apresenta-nos também um grande leque de personagens femininas bastante poderosas e independentes. Lady Mary Crawley, por exemplo, é uma mulher cujo objectivo principal é encontrar o marido certo. Apesar de estar à beira de uma dramática mudança no mundo com o estalar da Grande Guerra a poucos anos, os sentimentos de Mary divergem entre cumprir o seu dever e responsabilidade para com a família e Downton, e a sua vontade de seguir a direcção da independência e modernidade.


Por outro lado, Lady Sybil Crawley é a rebelde da família: ferozmente política devota à causa do direito de voto para as mulheres e quase sempre revoltada contra a injustiça que reina em todo o lado.


Para além de ter uma cativante história, Downton Abbey apresenta um guarda-roupa fenomenal, dá uma atenção especial a todos os detalhes e caracteriza-se por interpretações brilhantes de todos os actores.





Sem comentários: